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Tratamento das lesões provocadas pelo HPV

Na infecção latente (quando o preventivo está normal e a Captura Híbrida identificou o HPV) deverá ser feito o seguimento, não necessitando de qualquer tratamento.


As mulheres portadoras da infecção, identificadas pelos testes de biologia molecular deverão fazer o seguimento com citologia e repetição do teste; caso ocorra qualquer alteração no exame de Papanicolau, ela deverá ser encaminhada a colposcopia.


Importante:


Caso seu teste de identificação do HPV for específico, ou seja, é capaz de dizer qual HPV foi identificado, como o HPV 16 e 18, e se eles estiverem presentes, deverá ser encaminhada a Colposcopia, mesmo que seu exame de Papanicolau esteja normal, para que possa ser feita a avaliação do canal endocervical, com o objetivo de detecção de lesões ocultas. Citologia com escovado endocervical e/ou curetagem do canal são exames importantes de serem realizados na infecção pelo HPV 16 e 18, quando não se visualiza as lesões na porção externa do colo.


A infecção sub-clínica é aquela identificada através do exame de Papanicolau, exame de citologia, e ao ser identificado os exames alterados, o tratamento e seguimento será de acordo com o grau da lesão e sua localização.


Em geral nas lesões de baixo grau do colo do útero, vagina e vulva, a conduta é expectante com seguimento sem tratamento ativo por dois anos, pois apresentam altas taxas de regressão espontânea com baixo risco de progressão, por isso, não necessitam de tratamento. Após dois anos de seguimento e persistência de tais lesões, podemos manter o acompanhamento ou optar por alguma forma destrutiva da lesão.


As lesões de alto grau do colo uterino necessitam de tratamento, sendo a excisão da zona de transformação com eletrocirurgia – CAF, o método mais indicado.


Nas lesões de alto grau em vagina, a vaporização a laser é método de excelência, destruindo a lesão com cicatrização de forma rápida e sem fibrose no local. Na vulva o laser também tem boa aplicação. Tratamentos químicos com aplicação de ácido tricloroacético a 70-80% vaginal ou vulvar também são possíveis; mas devem ser utilizados para pequenas lesões e sob vigilância, pois são medicações muito abrasivas.


Uso de substância imunomoduladora como o imiquimode, aplicado sobre a lesão determina reação inflamatória no tecido, com liberação de citocinas, a qual age melhorando a imunidade local e acarretando o desaparecimento da doença. Sua utilização em neoplasia de alto grau de vagina e vulva é dita "off label", não aprovada pela Anvisa com este fim, porém os trabalhos têm demonstrado boa resposta, com altas taxas de resolução. Já nos condilomas o uso do imiquimode tem demonstrado grande eficiência.


As lesões de alto grau do colo uterino, diagnosticadas em mulheres jovens, que se submeteram ao exame antes da faixa etária preconizada, ou seja, abaixo dos 25 anos, hoje na maioria dos protocolos mundiais tem conduta expectante. O risco de progressão para câncer nestas jovens é muito baixo, tendo a conduta ativa em situações de persistência da neoplasia ou piora do grau histológico. Esta recomendação é decorrente do risco que os tratamentos excisionais acarretam no colo uterino, em relação ao futuro obstétrico. Há evidências de aumento do risco de prematuridade, amniorrexe prematura e baixo peso do recém-nascido. Entretanto é muito importante a avaliação individual de cada mulher e a escolha pela Cirurgia de Alta Frequência diminuiu de forma significativa estas complicações.


A infecção clínica se traduz pela presença do condiloma que será tratado de acordo com o tamanho e número de lesões. Podemos utilizar o ácido tricloroacético a 70-80% para lesões pequenas, com aplicações semanais, no total de até quatro sessões. O imiquimode a 5% é medicação que apresenta boa resposta e excelentes resultados.


A exérese com bisturi estaria reservada para lesões volumosas e necessita ser feita em centro cirúrgico com bloqueio anestésico. A exérese por ondas de alta frequência também pode ser realizada, bem como a laserterapia excisional ou destrutiva.



 
 
 

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