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RASTREAR SIGNIFICA DIAGNÓSTICO E SEGUIMENTO – ESTUDO PROSPECTIVO EM UNIDADE PRIMÁRIA DE SAÚDE

CRISTIANE HENRIQUES SOARES DE PAIVA LOPES¹*

MARÍLIA SOARES MARTINS PINHEIRO NOGUEIRA²

GABRIELA RAMALHO DE PAIVA LOPES³

¹Médica Doutora pela IUNIR, ginecologista obstetra, serviço de Colposcopia do HMIB/ SES, Brasília/ DF, Brasil

²Médica ginecologista obstetra TEGO/FEBRASGO, serviço de Colposcopia do HRL /SES, Brasília/ DF, Brasil

³Médica ginecologista obstetra, especialista em PTGI pela USP de Ribeirão Preto, HMIB/SES, Brasília/DF, Brasil

Introdução: A história natural do câncer cervical, clássica, estende-se por um longo período e envolve um número de passos críticos, incluindo infecção por papilomavírus humano, HPV, persistência da infecção, progressão para lesão precursora e finalmente desenvolvimento do câncer invasor. O rastreamento do câncer cervical no Brasil, perpassa pela realização da prova de Papanicolau, a identificação do resultado da colpocitologia oncótica (CCO), alterada, e o recrutamento e seguimento destas mulheres. Objetivo: Avaliar a incidência de CCO sugestiva de lesão intraepitelial de alto grau no seguimento de mulheres com ASC-US, atipias escamosas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas ou LSIL, lesão intraepitelial de baixo grau, compreendendo neoplasia intraepitelial de grau I (NICI). Material e Método: Realizado um estudo prospectivo, em unidade pública de saúde da SES/DF, da cidade São Sebastião, com recrutamento dos casos entre junho de 2014 e dezembro de 2016. Selecionada amostra aleatória de 61 mulheres (IC 95% p≤0.05), idade de 18 a 54 anos, com diagnóstico colpocitológico de ASC-US 36 (59.02%), e LSIL 25 (40.98%). O Termo de Consentimento foi obtido, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. O protocolo de seguimento incluiu, dentre outros critérios, novas coletas de CCO com 6 e 12 meses e encaminhamento para a realização do exame de colposcopia na persistência dos achados citológicos ou no resultado sugestivo de lesão de alto grau. Foram feitas análises estatísticas, usando-se teste das proporções (teste do χ2) considerando-se valor p≤ 0,05.Resultado: A amostra aleatória evidenciou LSIL (40.98%) e ASC-US (59.02%) semelhante a prevalência presente no sistema de coleta de dados de INCA, Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde do Brasil. Na amostra 53 (86.88%) das mulheres completaram o seguimento, e destas 7 (13,20%), apresentaram nas CCO de controle resultados sugestivos de lesão intraepitelial de alto grau, compreendendo NIC II e III, neoplasia intraepitelial de grau II e III com frequência distribuída em LSIL 3 (13,63%) e em ASC-US 4 (12,90%), sendo p=0.183, no teste X², para a associação entre as variáveis LSIL e ASC-US e a presença de lesões de alto grau nos exames de controle. No exame de Colposcopia foi evidenciado 1 (14.29%) sem achados anormais e 6 (85.71%) sugestivo de achados maiores, sendo neste grupo, realizado estudo histopatológico dos casos. Conclusão: A identificação de mulheres com CCO sugestivas de ASC-US e LSIL e o adequado seguimento dos casos, tem se demonstrado fundamental na prevenção do câncer de colo de útero. Palavra Chave: Neoplasia Intraepitelial Cervical, Continuidade da Assistência ao Paciente, Papiloma

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